google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: março 2015

quarta-feira, 4 de março de 2015

Cultura da Alcachofra

COMO PLANTAR ALCACHOFRA

Foto 1: Alcachofra 'Roxa de São Roque', a mais plantada no Brasil
# Introdução
A alcachofra (Cynara scolymus L.) é uma hortaliça herbácea , perene, pertencente à família Compositae ou modernamente Asteraceae. De acordo com Vavilov a espécie surgiu na região central do Mediterrâneo. Adaptada a clima ameno, não tolera frio intenso e encharcamento do solo. É cultivada, principalmente, em regiões serranas ( altitude superior a 700 metros), com verão ameno e inverno com geadas fracas. Em local quente e seco, ocorre a abertura precoce do botão, que prejudica a qualidade da porção comestível.
# Importância
As partes comerciáveis são as inflorescências, vulgarmente chamadas botões, utilizadas para consumo in natura. A parte interna do talo pode ser consumida como palmito, sendo muito apreciada pelas cozinhas italiana e francesa. A alcachofra é considerada planta medicinal, tendo efeitos benéficos nas atividades gastrointestinais e do coração, auxiliando ainda o fígado na sua ação neutralizante de toxinas presentes no organismo. Também pode ser usada na extração da cinarina das folhas, um diurético. Além de apresentar baixas calorias, é rica em vitaminas e minerais. Na Itália é também usada na fabricação de um licor, popular e bastante amargo.
Segundo dados da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), citados por GRAIFENBERG (1987), a cultura ocupa, no mundo, uma área de 114000 ha, com produção de 1070000 t. Cerca de 90% desta área se encontram na região do Mediterrâneo e o restante nos Estados Unidos (6000 ha). Neste último continente, a maior área está na Argentina (4000 ha). A Itália, com 52000 ha, é o país onde a espécie é mais amplamente cultivada, seguida da Espanha com 23000 ha, França com 15000 ha e Marrocos com 5000 ha.
No Brasil, seu cultivo é ainda recente, ocupando pequenas áreas nos Estados de São Paulo ( em municípios próximos à capital), do Paraná e do Rio Grande do Sul (na região norte).
# Cultivo
Existem várias cultivares tais como Roxa Comprida, Roxa Romana, Verde Redonda, mas no Brasil a cultivar mais plantada é a Roxa de São Roque (foto 1).
Não se recomenda fazer a propagação por sementes, pois nem sempre se reproduzem as características desejáveis da planta mãe, podendo-se originar plantas espinhosas, que não produzem botões comerciáveis. O processo mais usado é o de reprodução por mudas, mas é necessário tomar alguns cuidados na hora de adquiri-las. As mudas devem medir entre 20 e 30 centímetros de comprimento, possuir raízes finas e não ter ferimentos. Devem, ainda, apresentar uma parte da planta mãe, na qual estavam aderidas antes de virar mudas (Foto 2). As folhas devem ser aparadas um pouco acima do broto central (foto 3). São necessárias entre 5000 e 6000 mudas por hectare, para plantio em espaçamento variando entre 2.0 e 2.5 metros entre as linhas e 1.0 e 1.5 metro entre covas .





Plantio no campo em espaçamento 2,00 m x 1,00 m ou 2,00 x 1,50 m
Mudas são enterradas até o ponto de inserção das folhas
Após o preparo convencional, os sulcos de plantio são feitos, de preferência em nível. Se o solo estiver seco, deve-se irrigá-lo antes de plantar. As mudas são enterradas somente até o ponto de inserção das folhas (foto 5). É recomendável cobrir o solo com cobertura morta, sem pragas, ao redor da muda a fim de mantê-lo mais fresco. A melhor época de plantio das mudas é de março a maio. Seu ciclo varia de 180 a 210 dias.
Em condições normais de cultivo, a colheita é feita no mês de outubro. Nessa época, há o maior volume de produção e, conseqüentemente, queda dos preços. Para antecipar a colheita muitos produtores têm feito uso de hormônios vegetais, como a giberelina, por exemplo. Com sua aplicação, a produtividade é menor, mas os preços são mais compensadores.
A alcachofra é bastante exigente quando se trata de solo. Só produz bem em solos férteis, profundos e bem drenados. Deve haver água em abundância para irrigar a lavoura. Antes do plantio é necessário que se faça a análise do solo para determinar a adubação e a calagem corretas. A alcachofra produz melhor em terras com pH entre 5.5 e 6.5. Além dos nutrientes básicos (NPK), necessita de cálcio, magnésio e boro, não dispensando a adubação orgânica.

Adubação: Plantio
40 a 50 t/ha de esterco de curral curtido ou 10 a 13 t/ha de esterco de galinha
N = 40 kg/ha 

P2O5 = 400 kg/ha 
K2O = 160 kg/ja 
B = 1 a 2 kg/ha

* Conforme análise de solo, pelo menos 15 dias antes do transplante das mudas
Adubação: Cobertura
N = 50 a 100 kg/ha, dividindo-se em 2 aplicações, aos 30 e 60 dias após o transplante das mudas.
Em solos pobres em potássio, aplicar 50 kg/ha de K2O. 


# Principais Pragas e Doenças


-Pragas: Broca de Ramo; Caracóis; Cochonilha da Raiz; Lagarta Rosca; Nematóides de Galhas e Pulgões.

Controle: Pulverização com dimethoate (único produto registrado).
- Doenças: Bacteriose; Viroses; Antracnose; Fumagina; Mancha de Alternaria e Oídio.

Controle: Não há fungicidas registrados, o controle seria cultural como uso de mudas sadias e evitar ferimentos na planta.
# Tratos Culturais
Capinas; desbrotas; irrigação; poda após final da colheita; ensacamento dos botões com sacos de papel (foto 6), para preservar assim a sua cor roxa característica, que assegura melhor preço no mercado.

Botões florais são ensacados com sacos de papel.
 A alcachofra é comercializada no atacado em caixas tipo K.

# Colheita
A colheita é feita manualmente, cortando-se a haste com 20 a 30 cm de comprimento. O ponto de colheita é quando os botões apresentarem as brácteas aderentes carnosas.
Após a colheita, as alcachofras são levadas para um galpão, classificadas por tamanho e embaladas.

# Produtividade
Uma lavoura normal apresenta uma produtividade média de 25000 botões por hectare, que equivale a 1000 caixas.

# Comercialização
A comercialização é feita em caixas de madeira tipo K (10 a 20 kg)

A alcachofra é uma planta perene. Após completar seu ciclo vegetativo, perde a parte aérea - folhas e caule -, permanecendo viva somente a parte subterrânea. Com a morte da parte aérea, surgem novas brotações do colo da planta. Durante o desenvolvimento dos brotos, deve-se escolher o mais vigoroso que será então reservado como reprodutor de novos botões. Os brotos eliminados são geralmente empregados como mudas em novas plantações. A propagação da cultura pode ser feita por sementes, mas este não é um método recomendado, pois não assegura a manutenção das características desejáveis da cultura. A melhor época para plantar as mudas é entre março e maio.

A cultura de alcachofras é capaz de adaptar-se em uma grande variedade de solos, mas as maiores produtividades são obtidas em solos profundos, férteis (com elevados teores de matéria orgânica), bem drenados e de textura argilo-arenosa. O pH ideal fica entre 5,7 e 6,8. Utiliza-se espaçamento de 150 por 120 centímetros, em covas ou em sulcos. Por ser uma planta perene, a adubação organomineral deve ser farta e equilibrada. A adubação orgânica também não deve faltar, devido a seu efeito condicionador de solo.
Os tratos culturais necessários são irrigações semanais, que podem ser aumentadas em épocas de estiagem. As adubações de cobertura devem ser feitas a cada 30 dias, além de controle fitossanitário adequado para caramujos, percevejos, lesmas e outros insetos da terra. Como é uma planta rústica, não apresenta muitos problemas com doenças.
Os botões são cobertos por brácteas membranosas e são encerrados num receptáculo carnoso e achatado. As partes comestíveis são a porção tenra das brácteas e o receptáculo da inflorescência. A forma mais comum de preparar a alcachofra é cozinhá-la em água e sal, podendo ser acompanhada de manteiga e outros diversos molhos. O cobiçado fundo da alcachofra pode ser utilizado no preparo de diversos pratos. A alcachofra deve ser consumida logo após o preparo, para que suas propriedades medicinais e nutricionais sejam mais bem aproveitadas.A parte comestível da planta é a inflorescência (botão) ainda verde. No início da safra, em agosto e setembro, as alcachofras possuem um tamanho bem desenvolvido. À medida que a colheita é estendida, seu tamanho vai diminuindo. Isso porque na primeira colheita apenas uma inflorescência é desenvolvida no ápice do caule; assim que ela é colhida, surgem mais duas ou três, com um tamanho bem menor do que a primeira, e, após a colheita destas, outras começam a brotar. Cada planta produz até o final da safra (dezembro/janeiro) cerca de oito botões, totalizando uma produção em torno de 1.500 caixas /hectare/ano.





CURIOSIDADES SOBRE A ALCACHOFRA



Ao saborear uma alcachofra, além de consumir um poderoso alimento, você estará se deliciando com uma flor exótica e medicinal. Conheça aqui, as virtudes dessa delícia.
Na verdade, a alcachofra (Cynara scolymus) que consumimos é uma flor imatura, pertencente à mesma família das margaridas e dos girassóis - a família das Compostas. Conta-se que ela saiu do jardim e foi para a mesa na época do Império Romano, quando suas propriedades nutritivas e medicinais foram descobertas e a alcachofra passou a ser privilégio apenas da mesa de nobres e reis. Hoje, felizmente, não é preciso ser nobre para desfrutar deste privilégio (apesar do preço ser às vezes proibitivo!).
Considerada uma iguaria exótica, esta hortaliça parece ter sido feita para ser deliciada a cada pétala e não para ser devorada. Afinal, dela consumimos apenas a parte carnuda das "pétalas" e o "fundo" da flor, depois de retirados os espinhos. O trabalho é compensador, se levarmos em conta suas excelentes propriedades nutritivas e medicinais: a cada 100g comestíveis, encontramos boas doses de vitaminas do complexo B, potássio, cálcio, fósforo, iodo, sódio, magnésio e ferro. A lista de suas qualidades terapêuticas também é digna de registro. Para começar, o sabor amargo estimula as secreções digestivas. A água do cozimento da alcachofra é um verdadeiro chá de efeito diurético, estimulante da vesícula biliar e ativador da digestão.
Aliás, a alcachofra é considerada um eficiente auxiliar da digestão e a ciarina – substância encontrada na planta – pode melhorar as funções do fígado. A medicina popular já consagrou esta iguaria como um perfeito alimento-remédio, ideal para as pessoas com problemas hepáticos e para os diabéticos.
Várias experiências realizadas com o extrato da alcachofra atestaram sua eficiência na redução do excesso de gordura no sangue, porém, o simples fato de consumí-la já traz inúmeras vantagens, entre elas, o poder de combater anemias e raquitismo, pela boa dose de ferro e vitamina C que contém.
Proibida para mulheres?
Quando se fala em alcachofra é preciso esclarecer alguns enganos. No início do texto as palavras pétalas e fundo aparecem entre aspas. Isso porque o que se chama de "flor" na planta é, na verdade, uma inflorescência. A flor é constituída por um capítulo de grandes dimensões do qual consumimos apenas o receptáculo carnudo – chamado "fundo ou coração da alcachofra". As partes chamadas impropriamente de pétalas são as brácteas da planta.
Feita a observação, vale a pena lembrar que as alcachofras sempre tiveram suas propriedades reconhecidas. Na Antigüidade, elas já eram utilizadas pelos médicos no preparo de medicamentos contra a febre, doenças do fígado, reumatismo e até como antidepressivo. Mas convém contar uma passagem não tão gloriosa desta planta: ao que parece, por volta do século XVI, o consumo da alcachofra na França chegou a ser proibido para mulheres. É que a esposa do rei Henrique II, a italiana Catarina de Médicis, adorava alcachofras e corria a fama de que a iguaria era um poderoso afrodisíaco. O comportamento da esposa do rei não devia ser muito exemplar, pois, juntando uma coisa com a outra, acharam que as damas não deviam comer alcachofras e viram por bem, proibir o consumo apenas pelas mulheres.
Perfeita no prato
As alcachofras foram trazidas para o Brasil pelos imigrantes europeus, há cerca de 100 anos. Nativa do sul da Europa e norte da África é uma planta de clima temperado a frio (média de 20 graus C) e áreas úmidas. Em regiões quentes vegeta bem, mas não forma os botões florais comestíveis.
De agosto a novembro, estamos em plena época de colheita da alcachofra. É quando a encontramos com ótima qualidade e melhores preços. São quatro as variedades mais encontradas no mercado: Violeta de Proença, Roxa de São Roque, Verde Lion e Verde Grande da Bretanha.
A maioria dos nutricionistas concorda: o ideal é consumir a alcachofra no mesmo dia da compra, pois ela começa a perder suas qualidades logo depois de colhida. Na hora da compra, recomenda-se escolher as que apresentarem talo longo e inflorescência firme e bem arroxeada. Para os apreciadores desta flor comestível, os "espinhos" só devem ser retirados após o cozimento - é quando chegamos ao gran finale da iguaria: o famoso fundo da alcachofra. Outro detalhe: recomenda-se consumir a planta logo após o cozimento ou preparo, para melhor aproveitamento de suas propriedades medicinais e nutricionais.

Dicas para preparar a alcachofra:
  1. Corte o talo perto da base e lave a alcachofra em água corrente abrindo bem as pétalas para que a água penetre.
  2. Deixe de molho em água com sal e algumas gotas de limão ou vinagre para não escurecer.
  3. No cozimento, use panelas esmaltadas ou em aço inoxidável. As panelas de alumínio escurecem a alcachofra.
  4. O tempo médio de cozimento é de aproximadamente 40 minutos, dependendo do tamanho e idade da alcachofra. Em panela de pressão o tempo cai para uns 20 minutos.
  5. Para saber se a alcachofra está cozida, é só puxar uma folha: se ela se soltar com facilidade é porque está no ponto.
  6. No cozimento, evite o excesso de água: coloque o suficiente para cobrir metade da alcachofra.
  7. Os talos das alcachofras também podem e devem ser aproveitados. Para isso, é só retirar a parte fibrosa que os envolve, descascando-os com uma faca. Depois, deixe os talos mergulhados em água com limão ou vinagre durante alguns minutos e leve para cozinhar por 30 minutos ou 15 minutos em panela de pressão.
Receitas:

Alcachofra dos Nobres

Corte as pontas das pétalas de 6 alcachofras grandes, deixando-as todas com a mesma altura. Retire as pétalas mais duras e esfregue as partes cortadas com limão. Ponha para ferver 8 xícaras (chá) de água com sal e coloque as alcachofras, junto com metade de um limão. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por uns 30 minutos. Escorra e deixe esfriar.
Retire, cuidadosamente com uma colherinha, a parte fibrosa central de cada alcachofra, isto é, os "espinhos". Retire também todas as pétalas, cubra os fundos com papel alumínio e leve à geladeira. Enquanto isso misture num recipiente 1/2 xícara (chá) de azeite, 2 colheres (sopa) de suco de limão, 2 colheres (sopa) de vinagre, salsa picada, 2 colheres (chá) de mostarda e sal a gosto. Retire os fundos das alcachofras da geladeira e arrume-os numa travessa, sobre as pétalas reservadas. Espalhe por cima o molho preparado e leve novamente à geladeira, até a hora de servir.

Alcachofras à Romana

Retire os talos de 4 alcachofras, limpe-as e corte a ponta das folhas. Coloque-as em uma vasilha com água, sal e limão e reserve. Misture 1/2 pãozinho amanhecido e ralado com salsa picada e sal a gosto. Escorra as alcachofras, achate-as um pouco no centro, para formar uma cavidade entre as pétalas e recheie com a mistura. Leve as alcachofras ao fogo, em uma panela com um pouco de água e óleo. Tampe e deixe cozinhar até que as pétalas se soltem facilmente.



Alcachofra,plantas que curam



Alcachofra- Planta medicinal

NOME;alcachofra; ( CYnara scolymus)

Outros Nomes; alcachofra-hortense, alcachofra-rosa, artichaut, (francês), artichoke, (inglês), carciofo,(italiano), artischocke, (alemão), alcachofera, (espanhol)
Família; das: Asteráceas, Compostas
Sabor;.Aromático, amargo
COMPONENTES; ácidos orgânicos, mácico, tanino, cinarina, enzimas, flavônicos glicosideos, pectina, sais minerais, enxofre, sódio, vitamina A, Vitamina, B1, B2, C.
Propriedades ; Antiesclerótico, aperitivo, tónico, colerético, digestiva, depurativo- Indicada: para a doença das vias biliares
Bronquite asmática, fígado, gota, celulite, hepatite, colesterol, prostatite, escorbuto, hemorróides, uretrite, diabetes, icterícia, debilidade cardíaca, anemia, erupções cutâneas,
O nome desta planta que certamente já serviu de inspiração, para algumas canções, talvez pela sua beleza quando está em flor, e também pelas propriedades que possuí no campo da culinária, sendo a cabeça a parte utilizada. As suas folhas contem ferro, e segundo estudos farmacológicos, que a cinarina, reduz nos seres humanos a concentração de colesterol,
Nas várias indicações medicinais, a que esta planta é solicitada, devido ás propriedades da sua composição, distingue-se as seguintes:
Diabetes: As folhas reduzem a taxa de açúcar no sangue, consumir três vezes ao dia, a cabeça da alcachofra ao natural, misturada com sumo de limão.(como salada)
Bronquite asmática: Cozer a cabeça da alcachofra, misturar umas gotas de limão e uma pitada de azeite, beber o caldo três a quatro xícaras ao dia
Debilidade Cardíaca Anemia: Comer brácteas cruas ou cozidas, sob a forma de salada, com sumo de limão.
Hepatite, colecistite, arterioesclorose: juntar 30 gramas de folhas, em um litro de água beber uma xícara 3 a 4 vezes ao dia:
Diurético: Ferver 20gramas de raízes de alcachofrapor 5 minutos em um litro de água, filtrar, amornar, adoçar, se necessário, e tomar 3 xicaras ao dia.





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