google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: março 2017

domingo, 12 de março de 2017

Cultura da Batata - (Solanum tuberosum) - Resumo



CULTURA DA BATATA

Estados mais produtivos: SP, PR, RS, MG, SC.

Origem: altiplanos da região andina.

Botânica: solanácea anual, herbácea, caule aéreo ereto, ramificado de coloração verde-clara ou arroxeada, com 50-60 cm de altura; caule subterrâneo-estolão e tubérculo; folhas com 3-4 pares de folíolos laterais, desenvolvidos ou rudimentares; flores hermafroditas; inflorescência tipo cimeira (branca, rosada ou arroxeada); sistema radicular superficial (0,10-1,0 m profundidade); os tubérculos formam-se ao lado ou acima da planta-mãe.
Constituição dos tubérculos: (15-20% fécula, 2% proteínas, fósforo, vitamina B).
Tuberização - inicia geralmente aos 35-49 dias do plantio, com a batateira (planta) com cerca de 15-25 cm altura independente da floração.

Clima: 
- Temperatura: 20-25ºC diurno
                         10-16ºC noturno
+ 25ºC: Favorece a emergência;
                Favorece o alongamento das hastes;
                Prejudica a expansão da folha;
                Menor número/menor peso tubérculo;
                Grande incidência de embonecamento;
Baixas temperaturas noturnas: bom desenvolvimento foliar, alta produtividade.
14-18ºC noturnos: favorece a tuberização.
- Fotoperíodo x tuberização (cultivar):
Dias curtos (8h) + baixas temperaturas noturnas = grande produção de tubérculos;
Dias longos (16h) + altas temperaturas noturnas = falta tuberização.
- Luminosidade alta: - Tuberização mais cedo
                                   - Rápido alongamento das hastes
                               - Ciclo mais curto
                                - Maior produtividade
                                - Tubérculos de menor peso.
Florescimento: - alta luminosidade
                         - dias longos
                         - temperaturas amenas.
A rama da batateira é extremamente sensível às geadas, mesmo que fracas.

Solo:
pH = 5,0-60
pH > 6,0: favorece a sarna comum (murchadeira).
- areno-argilos, francamente arenoso, leve, bem arejados, de coloração clara.
- absorção de nutrientes: K – N- Mg – S - 40-50 dias emergência;
P – Ca: absorção contínua durante todo o ciclo.
P: - maiores aumentos na produção
    - estímulo à formação de tubérculos
    - precocidade de maturação
    - redução do ciclo cultural
    - aumento da produção de tubérculos graúdos.
N: - aumento na área foliar
     - deficiência de folhas verdes – folhas inferiores amarelam e caem.
Excesso:    - alongamento exagerado das hastes
                    - acamamento das plantas
                    - retardamento da maturação
                    - redução do teor de fécula
                    - redução da resistência às doenças fúngicas da folhagem.
    • Recomendação - 120-200 kg/ha (sulfato amônio) – 1/3 ou ½ no plantio.
K: - aumento da resistência às doenças fúngicas da folhagem
     - evita o acamamento precoce.
     - aprimora as qualidades culinárias e a conservação dos tubérculos.
45-135 kg, K2O/ha (sulfato K ou cloreto-K).
B: (20kg borax/ha: - aumento 153% na produção)
            - aumento na produção de tubérculos grandes
           - cessa o enrolamento foliar
Zu: fungicidas.

Época de plantio: outono-inverno ou plantio da seca - fev, março com colheita em outubro-novembro.
Inverno: maio-junho (região onde não ocorreram geadas); Necessidade de irrigação: colheita em setembro-outubro.
Primavera-verão ou plantio das águas: setembro-outubro, com colheita de dezembro-janeiro. Podem ocorrer geadas tardias.

Espaçamento:
- batata-consumo: (0,8 – 0,9) x (0,35 -0,40m)
- batata-semente: (0,70) x (0,25 – 0,30 – 0,35 m)

Tratos culturais
- capina (química, mecânica e manual)
- amontoa (planta com 20-25 cm altura)
- irrigação: maior exigência no estágio de máximo desenvolvimento vegetativo e máximo crescimento dos tubérculos, em média dos 60 dias até a maturação completa. Variações bruscas nos teores de umidade podem causar problemas aos tubérculos, depreciando-os comercialmente.

Colheita
- ciclo: 90-115 dias
- produção: 20-30 (45) t/ha
- classificação dos tubérculos recém-colhidos:
   Graúdos = Ø > 4,5 mm
   Médios = 33-45 mm
   Pequenos = Ø < 33 mm

Produção de batata-semente certificada
    • O Brasil importa 450.000 - 500.000 caixas (30kg) de batata-semente européia, multiplicando, menos de 30% desse total, sob certificação.
    • A multiplicação, sob certificação do material importado está a cargo de entidades oficiais, como EMBRAPA (SC), EPAMIG (MG), LAC (SP).
    • Outro tipo de semente produzida no Brasil é a semente básica (alta seleção, super elite e elite).
    • A batata-semente européia chega normalmente ao porto de Santos, em novembro-dezembro, sendo plantada em dezembro-janeiro, obtendo-se os tubérculos de primeira geração ou “filhas de caixa”. Tais tubérculos são guardados em galpões comuns, em altitudes superiores a 1000 m e são novamente plantados em setembro-novembro, originando a segunda geração ou “netas de caixa”.
  • Estado fitossanitário – se a cultura ainda for bem, com baixa incidência de virose e ausência de murchadeira, plantam-se as netas, obtendo-se a terceira geração. A multiplicação pode suceder enquanto for possível manter a sanidade do material.
  • Cuidados fitossanitários - uso de inseticidas granulados sistêmicos no plantio e pulverização mais freqüentes com inseticidas e fungicidas.
  • Isolamento do campo e a erradicação de ervas daninhas;
  • Fazem-se duas inspeções de campo: aos 45-50 e aos 55-60 dias de plantio, para avaliar o estado fitossanitário da cultura. Aconselham-se talhões de 5.000 m² separados por largos carreadores.
  • Plantas viróticas ou com outros problemas podem ser erradicadas integralmente antes da segunda inspeção, mas plantas com suspeitas de murchadeira, devem ser eliminadas na 1ª geração, pois uma planta com esta bacteriose elimina todo o talhão.
  • Regiões favoráveis (multiplicação) - localizam-se no sul e centro-sul do país (Cunha-SP, Cambuí-MG, Nova Friburgo-RJ, Pedra Azul-ES, Cristalina-GO, Alto Paraíso-GO), onde é baixa a incidência e reduzida a movimentação de pulgões devido às baixas temperaturas e à alta velocidade dos ventos.
  • Produção nacional de batata-semente certificada tem como obstáculo a bactéria murchadeira (Pseudomonas solanacearum).
  • A colheita deve ser antecipada usando-se desfoliantes químicos (Paraquatí ou sulfato de cobre 5%) aos 65-80 dias do plantio conforme a cultivar e as condições agroecológicas.
  • Colhe-se de 15-20 dias após a desfolha. Nesse tempo os tubérculos apresentam-se maduros, com película firme, sem danos ou anomalias e de reduzido tamanho.
  • Após a colheita os tubérculos são inspecionados, selecionados, classificados e embalados (nos galpões) em caixas ou sacos de malha plástica (30 kg), considerando os seguintes diâmetros:
Tipo: I    – maior de 50 até 60 mm
         II   – maior de 40 até 50 mm
         III  -  maior de 28 até 40 mm
         IV  – maior de 23 até 28 mm
As embalagens são etiquetadas: nome do produtor, nome do técnico responsável, nome da cultivar, o tipo, o local da produção e a data da colheita.
Conforme o resultado das 3 inspeções, o produto é enquadrado nas classes A, B ou C.
Cultivares holandesas:
- Bintje: tubérculos grandes, oval-alongados regulares, olhos superficiais, polpa amarelo-claro película amarela lisa e brilhante, que não esverdeia facilmente, boas qualidades culinárias, principalmente para “batata-palha”: plantas com desenvolvimento rápido, hastes vigorosas, muito suscetíveis a doenças fúngicas e imune ao vírus A.
- Marijke: cultivar de maturação semitardia, bem produtiva, com tubérculos oval-alongados e regulares, com olhos superficiais, polpa amarelo-clara e película amarelo-escura. Plantas de rápido desenvolvimento, pouco sensíveis a estiagens, pouco suscetíveis à mela e imune ao vírus X e ao A.
- Nicola: tubérculos alongados, cheio e uniformes, com olhos superficiais, película amarelo-clara e lisa, com polpa amarelo-clara. Hastes mediatamente vigorosas, com pouco acamamento e boa resistência a Phytophthora e a Alternaria.
_ Rodosa: cultivar semitardio, mas de rápida formação de tubérculos (oval-alongados); com olhos superficiais, polpa amarelo-clara e película amarelo-escuro. Plantas com hastes vigorosas e eretas, pouco susceptíveis ao vírus de enrolamento da folha.

BATATA – Doenças e controle
1. REQUEIMA – Agente casual: Phytophthora infestans
    Controle: Usar semente sadia, cultivares resistentes, destruir fonte potencial de inóculo, evitar local com alta umidade e utilizar fungicidas em pulverizações.
2 . PINTA PRETA – Agente casual - Alternaria Solani – fungo
Controle: Usar cultivares resistentes (cultivares tardias são, em geral, mais resistentes ex. cv. Aracy) e utilizar fungicidas em pulverizações.
3 .SARNA PRATEADA – Agente casual: Helminthosporium solani – fungo.
Controle: Usar semente sadia, tratar sementes com fungicidas, colher tubérculos logo que maduros, fazer rotação de culturas e manter boa ventilação do armazém.
4 .PODRIDÃO SECA – Agente casual – Fusarium spp. E outros fungos.
Controle: Não ferir os tubérculos na colheita e armazenamento, tratar sementes com fungicidas, manter boa ventilação no armazém e evitar ao máximo, o manuseio de tubérculos.
5 . PODRIDÃO MOLE- Agente causal: Ermínia spp, e outras bactérias.
       Controle: Evitar umidade excessiva do solo durante a colheita, colher tubérculos maduros e evitar ferimentos.
6 . OLHO PARDO – Agente casual: Cylipdroeladium clayatum – fungo.
Controle: Usar semente sadia, não lavar os tubérculos se o lote apresentar alguma infecção, evitar manuseio do tubérculo e tratar sementes com fungicidas.
7 . MURCHA BACTERIANA – Agente casual: Pseudomonas solanacearum – bactéria.
       Controle: Usar semente sadia, fazer rotação de culturas (arroz, cana, milho e sorgo), eliminar ervas daninhas (beldroega, picão, joá, etc) dos campos infestados e plantar em terrenos bem drenados.









Industrialização da Batata


A batata pode ser utilizada nas mais variadas finalidades industriais e não somente comercializada fresca. No mundo, mais de 50% da batata produzida é comercializada fresca, mas uma porção significante é transformada em produtos na indústria, como pré-fritas, farinha, amido, etc., e seus subprodutos são utilizados como ingredientes na ração animal.
As formas tradicionais de consumo de batata são as assadas, cozidas ou fritas, podendo ainda participar como ingrediente de inúmeras receitas, como purês, sopas, saladas, bolinhos, entre outras. No entanto, a mudança no perfil do consumo da população tem levado as indústrias a produzirem alimentos com maior conveniência e praticidade para atender a essa tendência de mercado. Uma das principais categorias é a batata frita em palitos (french fries), servidas em restaurantes e cadeias de comida rápida pelo mundo. Estima-se que, mundialmente, o consumo desse tipo de batata processada seja de 7 milhões de toneladas por ano. Outro produto bastante importante são as batatas fritas em fatias (onduladas ou lisas) e embaladas, denominadas chips. Este é o principal produto entre os salgadinhos disponíveis em muitos países de maior poder aquisitivo.
Outros produtos menos conhecidos, mas utilizados na indústria, são os flocos desidratados de batata e a fécula de batata. A fécula de batata é apreciada pela indústria por oferecer maior viscosidade aos produtos do que os amidos de trigo ou milho, sendo então empregados como espessante em sopas, molhos, caldos, sobremesas em geral, alimentos infantis, e como ligante em embutidos de carne.
Na indústria não alimentícia, a fécula de batata é utilizada como enchimento pela indústria farmacêutica, como adesivo pela indústria têxtil, como aglutinante pela indústria de madeira e como agente de textura na indústria de papel. Na fabricação de plástico biodegradável, o amido de batata pode ser empregado para produção de poliestireno que gera produtos biodegradáveis descartáveis.
Em países como Rússia e os da região da Escandinávia, as batatas são trituradas e aquecidas para conversão de amido em açúcares. Em seguida, ocorre o processo fermentação e destilação dando origem a bebidas alcoólicas como vodka e akvavit.
Resíduos de batata, como a casca, são ricos em amido e esse amido pode ser liquefeito e fermentado para gerar álcool combustível. Estima-se que cada 8 a 10 kg de resíduo possa gerar 1,0 L de etanol. O resíduo da batata também pode ser empregado para alimentação animal desde que as batatas estejam cozidas.
A praticidade dos produtos industrializados possibilita facilidades no preparo e na estocagem. Desta forma, há uma tendência de maior consumo destes produtos devido a fatores como globalização, urbanização e estilo de vida. A industrialização de batata no Brasil é uma atividade bastante recente, ainda emergente, mas que tem evoluído nos últimos anos. Aproximadamente 10% da produção nacional é destinada à industrialização. Estes valores são bastante reduzidos quando comparados a 60% da produção holandesa e a 57% da produção americana. O que sem dúvida limita o crescimento da indústria é a disponibilidade de matéria-prima com qualidade.
A variedade é um dos fatores com maior influência sobre a industrialização da batata. Por exemplo, para que o produto na forma frita seja apreciado pelo consumidor, este deve apresentar altos teores de matéria seca e, associado a isto, deve evidenciar baixos níveis de açúcares redutores. Estas duas características influenciam diretamente na qualidade do produto final. Teores de matéria seca acima de 20% garantem um produto frito com uma textura crocante, bem como baixos níveis de açúcares redutores resultam em produto frito com coloração mais clara e melhor sabor. O teor de açúcares redutores deve ser menor que 0,1% da massa fresca do tubérculo, com tolerância máxima de 0,33% para atingir a cor clara de fritura. A cor do produto frito é atribuída a uma reação de escurecimento denominada reação de Maillard, que ocorre quando o grupo carbonila do carboidrato (açúcares) interage com o grupo amino do aminoácido ou proteína, formando pigmentos escuros (melanoidinas), bem como sabor amargo. Além disso, a maior proporção de amilose em relação à amilopectina, que são polímeros que formam o amido, também favorece melhor qualidade de fritura.
Como existem poucas cultivares nacionais que atendem a esta demanda, a produção voltada à industrialização é centrada em cultivares importadas, o que encarece muito o sistema.
Quanto à forma de consumo pelos brasileiros, há maior preferência pela batata frita, embora as outras formas de consumo também sejam representativas, como é o caso de batatas assadas, massas e purês, saladas e sopas. Portanto, torna-se necessário a utilização de matéria-prima que atenda às diferentes formas de processamento.



sexta-feira, 10 de março de 2017

Cultivo do Estragão (Artemisia dracunculus)


Artemisia dracunculus
O estragão, também chamado de erva-dragão, é uma das ervas aromáticas mais apreciadas na culinária francesa. Planta perene que normalmente atinge de 60 a 150 cm de altura, mas que pode chegar a 2 m, pode ser encontrada crescendo espontaneamente em grande parte do hemisfério norte. O Estragão cultivado é classificado como estragão-francês (ou estragão-alemão), e estragão-russo. O estragão-francês é considerado o melhor para uso culinário, sendo o mais aromático e o que tem melhor sabor. O estragão-russo tem pouco aroma e sabor, mas é mais fácil de cultivar, é mais resistente e cresce mais.
O estragão-francês geralmente tem folhas verdes mais escuras e porte menor que o estragão-russo

Clima

O estragão cresce melhor com temperaturas entre 4°C e 20°C, podendo ser cultivado em regiões de clima temperado ou subtropical. O estragão-russo suporta melhor as baixas temperaturas que o estragão-francês. Em clima quente, o estragão tende a ser insípido.

Luminosidade

Esta planta precisa de pelo algumas horas de luz solar direta diariamente.
O estragão-russo é mais vigoroso e resistente, mas é menos aromático e saboroso

Solo

Cultive preferencialmente em solo leve, moderadamente fértil, bem drenado e que não retém muito a umidade, mas pode ser cultivado mesmo em solos pobres ou pedregosos. Embora seja bastante tolerante quanto ao pH do solo, um pH entre 6 e 7,5 é recomendado.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo levemente úmido, podendo permitir que o solo seque superficialmente antes de uma nova irrigação. Esta planta é sensível ao excesso de água, principalmente durante o inverno.
Mudas de estragão-russo, obtidas através de sementes 

Plantio

Apenas o estragão-russo pode ser propagado por sementes. O estragão-francês normalmente não produz sementes e é propagado apenas pela divisão de plantas bem desenvolvidas ou por estaquia.
As sementes do estragão-russo podem ser semeadas diretamente no local definitivo ou podem ser semeadas em sementeiras ou pequenos vasos, transplantando as mudas quando estiverem grandes o bastante para serem manuseadas. Deixe as sementes no solo a não mais do que 0,5 cm de profundidade. As sementes geralmente levam de 2 a 3 semanas para germinar.
Para o estragão-francês, o método mais utilizado é a divisão de plantas bem desenvolvidas e saudáveis. Uma planta pode ser dividida de forma a obter de 3 a 5 mudas. Ramos também podem ser cortados e plantados em terra ou areia, mantida sempre úmida até o enraizamento.
O espaçamento pode ser de 30 a 60 cm entre as linhas de plantio e de 30 a 50 cm entre as plantas, dependendo do tamanho da cultivar (o estragão-francês tem porte menor que o estragão-russo).
O estragão pode ser cultivado em vasos e jardineiras grandes, mas as plantas terão que ser divididas e replantadas com maior frequência.

Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos.
Renove a plantação a cada três ou quatro anos, dividindo as plantas para formar novas mudas.
Estragão-francês

Colheita

A colheita normalmente pode ser iniciada em 60 dias após o plantio. Colha ramos ou folhas quando necessário e corte toda a parte aérea antes do inverno. As folhas devem ser usadas frescas, pois perdem o sabor e o aroma quando secas.

O estragão, de nome científico Artemisia dracunculus, é uma herbácea perene pertencente à família da Artemísia e originária da Ásia Central e do Sul do continente.  Trata-se de uma planta de cor verde-escura, com talo e folhas estreitas que se dividem em três pontas. É bastante raro que o estragão apresente flor, mas pode ter umas pequenas flores amarelas que formam um cacho.
Existem dois tipos de estragão: o verdadeiro (ou francês) e o falso (ou russo). É provável que o verdadeiro estragão tenha se originado do russo devido a uma “falha genética”, tendo o seu aroma realçado.
Os primeiros registros históricos da utilização desta planta datam de 2.000 a.C, na China. Posteriormente, o estragão foi introduzido na cozinha dos árabes e levado por eles até a Europa. Esta herbácea tem o uso bastante difundido na culinária francesa, onde faz parte da mistura fines herbes, juntamente ao cerefólio, a salsa e a cebolinha.
Neste artigo, saiba mais sobre as propriedades e os benefícios do estragão:

Usos

As aplicações culinárias do estragão

O estragão é uma erva bastante importante na cozinha, tendo um uso bastante difundido na culinária francesa. A planta tem um aroma bem forte e específico, e o sabor de suas folhas é adocicado e levemente picante, similar ao do anis. Devido ao seu gosto acentuado, as folhas do estragão são excelentes no preparo de saladas, picles, molhos, vinagres, peixes e omeletes. É bastante utilizado no preparo dos famosos molhos (sauces) béarnaise, tartare e hollandaise.
O estragão também é usado para condimentar sopas, molhos, recheios, pratos de peixe, pratos de aves, carne de bovino assado e bifes. Por ter um aroma parecido ao de anis, a planta também combina com sobremesas feitas de maçã, por exemplo. Além disso, também acrescenta um excelente sabor a omeletes, espargos, caranguejo, ovos cozidos e cottage.

O uso terapêutico do estragão

Além do uso culinário abrangente, o estrago também possui propriedades que trazem benefícios à nossa saúde. As folhas desta planta possuem elevado teor de iodo, sais minerais e vitaminas A e C. Tem efeito diurético e anti-aterosclerótica, estimula o apetite, acelera a digestão, alivia a cólica menstrual e tem efeito tônico de uso geral. Lembre-se sempre que qualquer uso terapêutico deve ser acompanhado por um especialista.

Cultura da Abobrinha (Italiana)


1 – INTRODUÇÃO
A abobrinha-italiana, também conhecida como abóbora-de-tronco, abóbora-de-árvore ou abóbora-de-moita, é uma planta com hábito de crescimento ereto, porém com caule herbáceo semelhante ao das demais plantas da família das cucurbitáceas.
1.1 Dicas culinárias
A abobrinha contém Fósforo, Cálcio, Ferro e celulose, além de pequenas quantidades de vitamina A, importante à visão e à pele, e vitaminas do Complexo B, que ajudam no desenvolvimento e crescimento.
O Cálcio e o Fósforo participam da formação de ossos e dentes, evitam a fadiga mental e ajudam na transmissão dos impulsos nervosos. O Ferro forma os glóbulos vermelhos do sangue e produz energia. Já a celulose é importante para o bom funcionamento das funções intestinais.
Na hora de comprar, dê preferência a abobrinhas bem firmes, de cor verde-brilhante ou amarelada, conforme o tipo. Evita as que estejam com rachaduras ou picadas de insetos.
Quando for preparar, evite descascar a abobrinha. No máximo raspe a casca com uma faca. Pequenos ferimentos na casca, sem apodrecimento, não comprometem sua utilização. Remova a parte ferida com faca e utilize o restante. Os frutos são consumidos com as sementes quando estas estão bem pequenas e macias.
Esse tipo de legume deve ser cozido no máximo por 10 a 15 minutos, sem acrescentar água, pois a própria água da abobrinha é suficiente para cozinhá-la, sendo que ela fica mais saborosa e mais nutritiva quando mais consistente.

Coloque água apenas na preparação de sopas e caldos.

Incremente o sabor do macarrão acrescentado pequenos pedaços de abobrinha cozida ao molho.
Os seguintes temperos combinam com a abobrinha: alho, cebola, pimenta, cebolinha verde, azeite, limão, vinagre, gergelim, manjericão.
A abobrinha é bastante empregada em saladas, refogados, suflês, frita à milanesa, recheada com outras hortaliças, queijo, ovos cozidos ou qualquer tipo de carne. E é excelente nas papinhas dos bebês, por sua consistência e fácil digestão.
Cem gramas de abobrinha fornecem média de 20 calorias.
Quando a abobrinha está bem nova e pequena, pode ser servida crua e ralada em salada ou com patês à base de ricota, maionese ou requeijão cremoso.

2 – VARIEDADES E HÍBRIDOS
Os frutos das cultivares existentes possuem coloração verde-clara e devem ser colhidos ainda imaturos, pois possuem maior aceitação por parte do consumidor. O mercado dispõe de seleções melhoradas da cultivar  caserta, bem como de híbridos. A principal vantagem dos híbridos é a maior precocidade em relação às variedades selecionadas.
As plantas das variedades e dos híbridos apresentam folhas mosqueadas e vigoroso crescimento vegetativo em forma de moitas. Ao comprar as sementes, é importante verificar qual a cultivar mais indicada para a época do plantio.
No grupo das abóboras de moita (abobrinha), as que melhor se prestam para o cultivo são: “Caserta”, “Cocozelli” e “Zucchini”.

CASERTA

Zucchini



COCOZELLI

3 – ESCOLHA DO LOCAL
Preferir solos com boa drenagem, ricos em matéria orgânica, com baixa acidez – pH entre 5,5 e 6,5 – e, de preferência, locais que já tenham sido cultivados com outras hortaliças (prática de rotação de culturas).
GERMINAÇÃO


4 – ÉPOCA DE PLANTIO
Como a abobrinha-italiana não tolera temperaturas baixas, a época ideal de plantio é de agosto a março, podendo ser plantada o ano todo em regiões de clima quente ou ameno.

5 – CORREÇÃO DA ACIDEZ
Para corrigir a acidez do terreno (calagem), fazer antes a análise do solo para saber a quantidade de calcário a ser aplicada. A abobrinha-italiana é muito exigente em cálcio e magnésio e não produz bem em solos ácidos (pH abaixo de 5,5). Por essa razão, usar calcário dolomítico de boa qualidade e procedência.
O calcário pode ser esparramado a lanço na área toda ou nos sulcos de plantio, com antecedência de 30 a 60 dias do plantio.
6 – PREPARO DO SOLO
Uma aração bem-feita é suficiente. Gradear, se necessário, principalmente se for incorporar calcário ao solo. Em casos de terreno com declividade superior a 5%, recomenda-se adotar práticas de conservação do solo, como plantio em nível e construção de terraços em nível ou em gradiente, ou até construir faixas de retenção (terraços ou curvas em nível).
Abrir sulcos com espaçamento de 1,5 m entre as fileiras e 20 a 25 cm de profundidade.
Fazer as covas de plantio a cada metro linear de sulco, de forma que o espaçamento seja de 1,5 m x 1,0 m.
No plantio do período seco poderá ser utilizado o espaçamento de 1,50 m entre as fileiras e 70 a 80 cm entre as plantas, colocando duas plantas por cova.

7 – ADUBAÇÃO BÁSICA DE PLANTIO
A adubação deve ser calculada em função do resultado da análise de solo. Na ausência da análise, de modo geral, recomenda-se a seguinte adubação por cova:
– 1,5 kg de composto orgânico;
– 70 g de termofosfato ou de superfosfato simples ou, então, 100 g de fertilizante NPK 04-14-08 ou 04-16-08.
Misturar bem os adubos com a terra das covas. Fazer irrigação e aguardar 3 a 4 dias para efetuar o plantio.
PLANTIO PROTEGIDO, PLANTAS COM 40 DIAS



8 – PLANTIO
 A propagação da abobrinha-italiana é feita pela semeadura direta, utilizando-se de 3 a 4 sementes por cova. A profundidade é de 4 a 5 cm. Tempo de germinação: 3 a 5 dias.
O semeio também pode ser feito em bandejas de isopor de 128 e 200 células, as quais deverão estar abrigadas em estufas. As mudas estarão prontas para o transplante quando tiverem de 4 a 6 folhas definitivas.
Como em todas as plantas da família das cucurbitáceas, primeiro surgem às flores masculinas, depois aparecem às femininas. Isso acaba provocando problemas de polinização e aborto de frutos. Para melhorar o processo de polinização, faz-se o plantio em fileiras alternadas, de modo que haja uma diferença de 17 a 20 dias entre as datas das semeaduras das fileiras. Isso permite uma melhor polinização e, consequentemente, um aumento da produção e produtividade.
Dica: mergulhe as sementes na água e só plante as que afundarem, descartando as que boiarem.
Muda em desenvolvimento em bandeja


Planta em desenvolvimento



FLOR FEMININA

FLOR MASCULINA
FRUTO VINGADO



8.1 Plantio em vaso, você precisa de:
Vaso 40 x 40 cm  (1 para cada duas plantas)
Perlita  (quantidade necessária)
Terra preta ou húmus quantidade necessária
Sementes de abobrinha (6 a 8 por vaso)

Passos

1 – Misture partes iguais de terra preta e perlita para manter o substrato poroso e rico em nutrientes.

2 – O vaso deve ter um furo no fundo para permitir a drenagem necessária.

3 – Encha o vaso com a mistura. Faça dois pequenos buracos equidistantes no centro e coloque de três a quatro sementes em cada um.
4 – Cubra as sementes com um pouco da mistura. As sementes devem ficar a uma profundidade três vezes maior do que o seu tamanho.
5 – Regue abundantemente e mantenha o substrato úmido durante todo o ciclo de crescimento da planta.
6 – Depois de dois meses as plantas terão a primeira floração, darão os primeiros frutos e entre os três e cinco meses as abobrinhas mudarão de cor e a casca endurecerá.
7 – Colha os frutos quando eles já estiverem com a cor e a consistência de uma abobrinha madura. Corte-os deixando um pedúnculo de 2 a 3 cm.

PLANTIO EM VASOS


9 – ADUBAÇÃO DE COBERTURA
É importante que a adubação de cobertura seja feita de acordo com a recomendação baseada na análise de solo. Na ausência da análise, recomenda-se fazer quatro adubações, com intervalos de 15 dias entre uma e outra.
Na primeira adubação, aos 15 dias após o plantio, usar 20 gramas de sulfato de amônio ou nitrocálcio, por cova, e, nas demais, adubar com fertilizante NPK 12-06-12, aplicando 20 gramas por cova. Espalhar o adubo ao redor da planta, após a irrigação.

10 – TRATOS CULTURAIS
Quando o plantio for direto na cova, fazer o desbaste das plântulas quando elas tiverem 2 folhas definitivas, deixando 1 a 2 , mais vigorosas, por cova.
Manter a lavoura no limpo para evitar a concorrência de ervas daninhas.
Irrigar com frequência, assegurando a umidade do solo e o bom desenvolvimento das plantas. Manter a água da irrigação sob controle, evitando o encharcamento.
Fazer controle de pragas e doenças somente com produtos registrados para a cultura.
Obedecer às dosagens e à carência dos produtos utilizados de acordo com as recomendações do fabricante e ou orientações de um técnico.
A rotação de culturas pode ser feita com hortaliças folhosas, quiabo, feijão e outras leguminosas. Não faça consorciação com outras cucurbitáceas e com as solanáceas (pimentão e batata), mas sim com milho, acelga, amendoim, taioba, vagem e chicória.
11 .PRAGAS E MOLÉSTIAS
Entre as pragas a serem combatidas destacam-se os PuIgões; a Broca das hastes (Margaronia nitidalis); vaquinhas, lagarta-rosca ou a minadora. A doença mais comun é o Oídio, representada por manchas brancas com pó nas folhas e no caule; folhas murchas e amareladas é sinal da Podridão das raízes; placas verdes nos frutos representa a Antracnose e folhas novas deformadas e pouco crescimento da planta significa o Mosaico.

MOSAICO AMARELO

PODRIDÃO DO FRUTO


12 – COLHEITA
Inicia-se aos 40 a 50 dias após o plantio quando os frutos atingirem cerca 20 a 22 cm de comprimento e 4 a 5 cm de diâmetro com os frutos verdes ou verdes-claros e tenros. Recomenda-se fazer 2 apanhas por semana. Mas vc pode colher sua abobrinha do tamanho que desejar.
Lembrando que a abobrinha é desenvolvido corretamente é que abobrinha precisam de uma temperatura entre 20 e 30 a crescer bem e dar frutos.

COLHEITA

13 – CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM
A classificação da abobrinha deve ser em função do tamanho e da qualidade  do fruto, conforme orientação a seguir:
– Extra, quando a boca da caixa contiver mais de 10 frutos.
– Especial, quando a boca da caixa contiver 8 a 10 frutos.
As abobrinhas devem ser acondicionadas em caixas de madeira tipo k, com peso de 18 kg.
A arrumação dos frutos deve ser feita em camadas. Novas alternativas de embalagens como caixas de papelão ou de plástico devem ser testadas e utilizadas.

CLASSIFICAÇÃO

EMBALAGEM









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