google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: Cultura da Couve-de-Bruxelas

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Cultura da Couve-de-Bruxelas



Brassica oleracea Grupo Gemmifera ou Brassica oleracea variedade gemmifera

As couves-de-bruxelas são um grupo de cultivares de couve em que ocorre o desenvolvimento das gemas axilares das folhas, de forma que o caule fica coberto com muitos brotos semelhantes a pequenos repolhos, que são colhidos e consumidos principalmente cozidos.


Pé de couve-de-bruxelas
A couve-de-bruxelas cresce bem em clima ameno 

Clima
A couve-de-bruxelas é uma hortaliça de clima frio ou ameno, que dificilmente cresce bem em locais onde a temperatura média ultrapassa os 24°C, sendo que a faixa de temperatura considerada ideal para o cultivo é de 15°C a 18°C. A planta suporta bem geadas e algumas cultivares podem sobreviver durante curtos períodos a temperaturas de até -10°C.

Luminosidade
A couve-de-bruxelas necessita de alta luminosidade, com luz solar direta pelo menos algumas horas por dia.


Detalhe dos brotos laterais crescendo na couve-de-bruxelas
As couves-de-bruxelas são brotos laterais que vão surgindo nas axilas das folhas da planta, e que são parecidos com pequenos repolhos

Solo
Plante em solo bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica e rico em nitrogênio. O pH ideal do solo está entre 6,0 e 6,8.

A couve-de-bruxelas é bastante sensível à falta de boro no solo. Se as plantas estão apresentando caules ocos e não estão se desenvolvendo bem, estes podem ser sintomas de carência de boro, problema que pode ser corrigido através da adubação com adubo que contém boro.

Irrigação
A horta deve ser irrigada de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado.


Mudas de couve-de-bruxelas


Plantio
As sementes podem ser plantadas em sementeiras, vasos pequenos ou copinhos de plástico ou de jornal, e transplantadas quando as mudas têm de 4 a 6 folhas. Transplante de preferência no fim da tarde, com o solo bem úmido, ou em dias nublados e chuvosos. As sementes também podem ser plantadas diretamente no local definitivo, embora esta prática seja menos comum.

Tratos culturais
Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos.


Brotos laterais da couve-de-bruxelas
As pequenas cabeças podem ser colhidas individualmente ou a planta inteira pode ser cortada 

Colheita
A colheita da couve-de-bruxelas ocorre de 90 a 140 dias após a semeadura, variando conforme a cultivar plantada e as condições de cultivo, e prolongando-se por alguns meses se a planta não for cortada inteira na colheita, isto é, se os brotos forem colhidos um a um. Neste último caso os brotos vão sendo colhidos da base da planta para cima, conforme vão atingindo 2,5 a 5 cm de diâmetro, sem que estejam abertos ou amarelados. Corte os brotos com uma faca rente ao caule ou torça cada broto até que este se desprenda da planta.

Muitos afirmam que as couves-de-bruxelas são mais saborosas se forem colhidas após a ocorrência de uma leve geada.

Em seu aclamado livro Vegetable Book (O livro dos Vegetais, em tradução livre), a escritora inglesa Jane Grigson descreve a couve-de-bruxelas como “um elegante repolho em miniatura”. Difícil será encontrar definição melhor que essa para falar da Brassica oleracea, a caçula da família do repolho, brócolis, couve e couve-flor, e a última das variedades botânicas dessa linhagem a ser diferenciada.

Rica em vitaminas A e C, em manganês, potássio, ferro e cálcio, a couve-de-bruxelas já era cultivada ao redor de Bruxelas, na Bélgica, por volta do século 13. Mas a hortaliça só chegaria a outros países, como França e Inglaterra, cinco séculos depois. Uma das primeiras receitas com ela de que se tem notícia foi publicada pela inglesa Eliza Acton em Modern Cookery for Private Families (culinária moderna para famílias), em 1845. No livro, uma das recomendações é servir a couve-de--bruxelas com molho de manteiga. Atualmente, o Reino Unido é o maior produtor e consumidor europeu. A hortaliça faz parte da tradição natalina inglesa, quando é preparada com castanhas para acompanhar o peru ou a carne de caça da ceia.

No Brasil, segundo o pesquisador Raphael Augusto de Castro e Melo, da Embrapa Hortaliças, a couve-de-bruxelas começou a ser plantada no início dos anos 80, época em que surgiram os primeiros trabalhos sobre técnicas para seu cultivo. Ainda assim, essa pequena gema continua pouco conhecida no país, sendo plantada basicamente no Sul e Sudeste. “No mercado brasileiro, a couve-de-bruxelas é pouco conhecida. Devido a sua pouca importância econômica, essa cultura não tem recebido muita atenção”, explica Castro e Melo.


Por ser quase desconhecida, à primeira vista a couve-de-bruxelas pode intimidar, mas seu preparo é simples. Ela pode ser cozida ou assada. Só é preciso evitar cozinhá-la demais. Quando ela passa muito tempo no fogo, tende a desenvolver um odor forte, pouco agradável. O responsável é o sulforafano, composto químico associado à prevenção de doenças. A chef Tatiana Cardoso, do restaurante Moinho de Pedra e consultora do restaurante Gaia Natural Gourmet, testou algumas receitas com couve-de-bruxelas, mas a favorita é uma salada em que a hortaliça é cozida al dente e marinada com ervas. “A textura da couve--de-bruxelas é diferente e costuma surpreender”, diz ela.



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