google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: Araruta ( Maranta arundinacea L. - Amarantaceae)

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Araruta ( Maranta arundinacea L. - Amarantaceae)



Araruta ( Maranta arundinacea L. - Amarantaceae)

Também conhecida como agutingue-pé, araruta-caixulta, araruta-comum, araruta-palmeira e embiri.
É planta herbácea perene podendo atingir de 1,5 a 1,8 m de altura. Um intrincado complexo de pequenos caules rizomatosos é formado no sistema radicular. As estruturas subterrâneas (caules rizomatosos) são utilizadas para consumo, especialmente para a extração de amido. Apreciado e procurado por suas características organolépticas, o amido é de ótima digestibilidade.
A colheita é feita com auxílio de enxadão ou aiveca, quando as folhas estão murchas e pálidas. Após colhidos, os rizomas devem ser lavados e preparados para o processamento. A produtividade pode superar 30 mil kg/ha.



Hortaliças não convencionais na alimentação

O consumo de hortaliças de modo geral, convencionais ou não convencionais, traz vários benefícios por serem leves e de fácil digestão. Auxiliam na saciedade fornecendo poucas calorias. Fornecem água, nutriente indispensável para o corpo humano. São ricas em fibras que auxiliam no bom funcionamento do intestino. Contêm minerais e vitaminas, importantes no combate de doenças e no bom funcionamento do organismo.
O valor nutricional das hortaliças não convencionais varia de espécie para espécie e está relacionado com a quantidade significativa de vitaminas (A, B e C), sais minerais (cálcio, fósforo, potássio, ferro), fibras, carboidratos e proteínas, além de substâncias funcionais (antioxidantes, carotenoides, flavonoides e antocianinas). Como exemplo, tem-se o orapro-nóbis, conhecido como “carne-vegetal” ou “carne-de-pobre”, por seus elevados teores de proteínas.
A forma como cada hortaliça é usada varia de região para região. Geralmente são utilizadas folhas, frutos, flores, talos, raízes e sementes, em diversas preparações: saladas cruas e cozidas; refogados, sopas, cremes e molhos; omeletes, pastas, patês, recheios e suflês; produtos de panificação, massa de macarrão, pães, biscoitos e bolos; chás, sucos e geleia; em preparações com carnes, frango e como acompanhamento de arroz, feijão, angu e outros.

Informações gerais sobre cultivo e consumo

Época de plantio: Ano todo de acordo com a região.

Colheita: 6 a 7 meses após o plantio

Propagação: Por rizomas em leiras (camalhões). 

Espaçamento: 0,8 a 1,0 m x 0,3 a 0,5 m

Parte consumida: Rizomas (fécula - polvilho) para biscoitos, pães e mingaus.

Algumas receitas

Sequilhos de araruta 

Ingredientes 
Azeite de oliva à vontade
200 gramas de margarina
150 gramas de açúcar
400 gramas de polvilho de araruta 
1 xícara de coco ralado 
1 ovo 

Modo de Preparo
Misture todos os ingredientes. Se precisar, junte mais um pouco de araruta. A massa fica uma bola e solta das mãos. Faça bolinhas pequenas e achate-as com um garfo, fazendo um desenho. Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada e leve ao forno até ficarem durinhos. Não devem dourar. Retire do forno, deixe esfriar e guarde em um pote bem fechado.

Como plantar araruta

Sendo a fécula e a farinha subprodutos de consumo extraídos do seu rizoma, a araruta (Marantaarundinacea) não é classificada como hortaliça sob o conceito das ciências agronômicas. Contudo, a planta foi incluída no grupo de alimentos que, no meio acadêmico, são mais conhecidos como hortaliças não convencionais, a fim de promover o resgate de seu uso nas receitas culinárias.
Antes tradicionais no prato do brasileiro, frutas, folhosas, leguminosas e raízes, assim como a araruta, foram perdendo espaço nas últimas décadas diante das mudanças nos hábitos alimentares da população. Além de não contarem com produção comercial em escala, o crescente processo de urbanização e globalização favoreceu o incremento da demanda por comida industrializada.

Alvo de retomada do plantio por institutos de pesquisas e empresas de extensão rural, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a araruta é de fácil cultivo. Os próprios órgãos de estudo ou organizações de agricultores fornecem informações técnicas para o plantio, que pode ser em pequenas áreas e apresentam baixo custo.
Cerca de 50 plantas bastam para consumo próprio, rendendo de 5 a 10 quilos de fécula (amido ou polvilho) ou de 15 a 20 quilos de farinha. Para produção comercial, ao menos 500 metros quadrados são necessários para o plantio, cujo custo inclui o preparo do solo, adubação leve e mão de obra.
Dotado de amido fino, branco e de excelente qualidade, a farinha e, especialmente, o polvilho do rizoma contam com a vantagem de serem alimentos muito ricos em carboidratos e altamente nutritivos. Isentos de glúten, são recomendados inclusive para celíacos (pessoas com restrições alimentares à proteína presente no trigo, aveia, cevada e centeio).
Leve e de boa digestão, a fécula branca retirada do rizoma (caule diferenciado e subterrâneo) da planta é adequada para o preparo de mingaus, brevidades, sequilhos, bijus, bolos e biscoitos. Também tem uso na produção de doces, caldas de frutas e no engrossamento de molhos, cremes e sopas.
O rico potencial de utilidade da araruta não se restringe apenas a receitas culinárias, no entanto.As fibras resultantes do processo de extração da fécula podem ser usadas como matéria-prima para a produção de papel.
Conhecida por diferentes nomes, a araruta é oriunda de regiões tropicais da América do Sul. Relatos indicam que o cultivo da planta já ocorria há cerca de 7.000 anos, porém, passou a ser abandonado com o aumento na fabricação de amido de mandioca e de farinha de trigo e milho, produtos mais abundantes para servirem como componentes no processamento de outros alimentos.

RAIO X
SOLO: leve, arenoso e rico em matéria orgânica

CLIMA: quente e úmido
ÁREA MÍNIMA: 500 metros quadrados
COLHEITA: de 6 a 9 meses após o plantio
CUSTO: baixo, incluindo preparo do solo para o plantio em camalhões, adubação leve e mão de obra

MÃOS À OBRA
INÍCIO Procure saber mais sobre a araruta por meio do manual e cartilha sobre hortaliças não convencionais do Mapa. O manual trata dos sistemas de produção e da cartilha do projeto realizado em Minas Gerais com os bancos comunitários, resultado da parceria entre o ministério, a Embrapa Hortaliças, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV).

AMBIENTE Quente e úmido são as características ideais de clima para o plantio de araruta. No entanto, o cultivo também pode ser realizado em todo o território nacional durante a estação quente e chuvosa, à exceção de regiões muito frias dos Estados do Sul e Sudeste e das semiáridas dos Estados do Nordeste.
PLANTIO Utilizam-se preferencialmente as extremidades dos pequenos rizomas ou parte deles. É feito em camalhões ou leiras, o que facilita também a colheita. Produz melhor em solos leves (mais arenosos) e ricos em matéria orgânica. Indica-se plantar no início do período chuvoso e/ou quente, o que pode variar de acordo com a região. No Sudeste, Centro-Oeste e Sul, ocorre de setembro a outubro; enquanto no Nordeste e Norte, entre novembro e janeiro.
ESPAÇAMENTO Mantenha cerca de 1 metro entre as leiras e 50 centímetros entre as plantas nas leiras. Muito rústica e resistente a pragas e doenças, a araruta pode ser atacada por algumas pragas desfolhadoras, mas sem comprometimento da produção de rizomas.
PRODUÇÃO Ocorre quando a chuva diminui ou cessa ou quando as temperaturas caem, em geral de seis a nove meses após o plantio. A colheita é manual e com auxílio de enxadão, podendo-se usar aiveca para levantar as plantas e facilitar o recolhimento dos rizomas. Em seguida, para limpá-los, retire o excesso de solo e as palhas. Lave-os com água em abundância, para ser feito da porção central deles o processo de extração da fécula ou farinha.
ONDE COMPRAR: os rizomas da araruta, ou porções deles, são as mudas que podem ser adquiridas com outros produtores. A Embrapa Hortaliças, a Epamig, a Emater-MG e o Instituto Emater (Paraná) são parceiros em trabalhos de resgate do cultivo de araruta e podem fornecer informações sobre onde obter muda




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