google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: Cultura da Beterraba

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Cultura da Beterraba



CULTIVO DA BETERRABA

Introdução

A beterraba (Beta vulgaris) é uma planta bianual pertencente à família quenopodiacea.



Em vários países da Europa, da América do Norte e da Ásia, o cultivo da beterraba é altamente econômico e o nível de tecnificação da cultura é bastante avançado, principalmente, o das variedades forrageiras e açucareras.

No Brasil, o cultivo de beterraba é exclusivamente das variedades de mesa, mesmo assim, em pequena escala comercial, se comparando com de outras hortaliças mais tradicionais, tais como batatinha, tomate, repolho, cenourinhas, cebola, alho etc. Vem-se observando, contudo, nos últimos dez anos, crescente aumento da demanda dessa hortaliça, para consumo “In natura” e também para as indústrias de conservas e alimentos infantis.

Botânica e cultivares

A beterraba que nós brasileiros conhecemos é uma planta cuja parte comestível é a sua raiz tuberosa. Tal raiz tem uma típica coloração vermelho-escuro, devido ao pigmento antocianina, coloração que também ocorre nas nervuras e no pecíolo das folhas.

A planta é bianual, exige um período de frio para o florescimento, sendo que, na fase vegetativa, ela desenvolve folhas alongadas, distribuídas ao redor de um caule diminuto e de uma raiz tuberosa bem destacada. No florescimento, sob baixas temperaturas (já ocorreu em Lavras- MG) há emissão de um pendão floral com 60-100 cm, com flores em inflorescência do tipo espiga ramificada, aglomeradas em grupos de 2-5. Produzem glomérulos (aglomerados de frutos), com consistência corticosa, medindo 4 mm de diâmetro, que são as chamadas “sementes”, utilizadas na propagação.

O sistema radicular é do tipo pivotante, alcançando a raiz principal 60 cm de profundidade, ou até mais, com poucas ramificações laterais. A raiz tuberosa tem formato quase estérico, possui sabor acentuadamente doce , se desenvolve quase à superfície do terreno, nas cultivares produzidas entre nós.

As cultivares de mesa , produzidas entre nós, são de origem americana, sendo as sementes importadas dos EUA A cultivar Asgrow Wonder, caracteriza-se por sua extrema precocidade, produzindo mais cedo do que as demais. Produz raízes tuberosas de formato globular, quando novas, evoluindo para um formato ligeiramente alongado posteriormente.

São de grande uniformidade e tamanho médio. A coloração vermelha é intensa, externa e internamente, sendo a polpa delicada, tenra e de excelente sabor, com ótima qualidade para mesa. A planta apresentam folhas eretas, alongadas, de tamanho uniforme e coloração verde-escuro, úteis para o preparo de maços.

Note-se que as folhas desta e de outras cultivares são comestíveis.

A cultivar Early Wonder ou Wonder Precoce produz raízes globulares, ou ligeiramente cônicas, com coloração externa vermelha, Internamente a coloração é mais escura, com anéis concêntricos mais claros. As folhas são eretas, verde-escuro e não se prestam à feitura de maço.

A cultivar Detroit Dark Red é considerada um padrão de qualidade para a industria, nos EUA , também sendo popular para a comercialização nos mercados.

Suas raízes tuberosas são de formato globular-alongado típico, uniformes, lisas e de coloração vermelho intenso, internamente, sem a presença de círculos mais claros. As folhas são vigorosas, verde-escuro, eretas, pouco mais curtas que as da Asgow Wonder, não se prestam à comercialização em molhos.

Clima e época de plantio

A beterraba é típica de climas temperados, produzindo bem sob temperaturas amenas ou frias, com melhor desenvolvimento entre 10-20ºC, na parte aérea, em nossas condições. Apresenta boa resistência ao frio intenso, inclusive a geadas leves.

Na maioria das localidades produtoras semeia-se de abril a junho, especialmente em altitudes inferiores a 400m. Em localidades acima de 800m semeia-se de fevereiro a julho. Em certas localidades serranas, de elevada altitude, pode-se semear durante o ano todo, inclusive durante o verão (verão de temperaturas amenas).

Propagação



Ao contrário do que ocorre com outras hortaliças tuberosas, que são intolerantes ao transplante, a beterraba é uma notável exceção: se adapta muito bem à propagação por mudas. Ao que parece os nossos melhores produtores fazem a semeadura em sementeiras, da maneira usual para outras hortaliças.

Semeia-se em sulcos transversais, distanciados de 15 cm, com 15-25 mm de profundidade – já que as ‘’sementes’’ são relativamente grandes. Transplantam-se as mudas com cerca de 15 cm e 6 folhas definitivas, 20-30 dias após a semeadura. Procura-se evitar danos à raiz principal, ao se retirar a muda, pois isso acarretará deformação na raiz tuberosa. É importante que após o transplante as mudas fiquem à mesma profundidade ,em relação a que estavam, na sementeira.

A semeadura direta é praticada na maioria dos países europeus e no EUA. Semeia-se em sulcos, à profundidade já citada, deixando-se cair um a dois glomérulos a cada 5cm de sulco.



Em qualquer um dos métodos de propagação, o espaçamento definitivo deve ser de 25-30 x 10-15 cm. Geralmente o espaçamento mais estreitos aumentam a incidência de beterrabas pequenas, de menor valor comercial. Por outro lado, espaçamento maiores diminuem a produtividade, não se justificando.

No plantio por mudas utilizam-se sulcos longitudinais, em número de 2-3, em canteiros estreitos, muitas vezes irrigado por infiltração. Para a aspersão são utilizados canteiros mais largos, com maior número de fileiras longitudinais. Em pequenas, culturas irrigada por aspersão, utilizam-se sulcos transversais, tanto na semeadura direta como usando-se transplante, que facilitam alguns tratos culturais.

Calagem e adubação

Calagem é feito para elevar a saturação de bases a 80% e o teor de magnésio a um mínimo de 9 mmolc/dm3.

Adubação orgânica deve ser feito com a aplicação de 30 a 40 t/há de esterco bem curtido ou composto orgânico, sendo a maior dose para solos arenosos.

Pode-se utilizar ¼ dessa quantidade de esterco de galinha.

Adubação mineral de plantio recomenda se aplicar 10 dias antes da semeadura sendo a quantidade determinada de acordo com a análise do solo.

Nitrogênio P resina, mg/dm3 K+ trocável, mmolc/ dm3 Zn, mg/dm3
0-20 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,5 >0,5
N, kg/há P2O5, kg/há K2O, kg/há Zn, kg/há
20 360 240 180 180 120 60 3 0
Utilizar juntamente com o N,P e K de 2 a 4 kg de boro. Após 15 a 30 dias aplicar 5g de molibidato de amônio diluído em 10 litros de água.

Adubação mineral de cobertura recomenda-se aplicar de 60 a 120 kg de nitrogênio por hectare e 30 a 60 kg de potássio por hectare parcelando este total em três parcelas, aos 15, 30 e 50 dias após a germinação.

Tratos culturais

O desbaste é indispensável, já que cada glomérulo geralmente origina mais de uma planta. Também serve para um raleamento nas fileiras compactas, obtidas pela semeadura direta, deixando-se apenas as melhores plantas, no espaçamento adequado.

É feito na sementeira e no canteiro definitivo, quando as plantinhas atingem 5 cm de altura. Há olericultores que aproveitam as plantas desbastadas para plantio.

A amontoa pode ser feita para evitar-se a exposição da parte superior da raiz tuberosa ao sol, tornando-a lenhosa e diminuindo o seu valor comercial. Tal trato geralmente é feito por pequenos produtores.

A beterraba exige irrigações, sendo que aquelas leves e freqüentes são preferíveis àquelas espaçadas, com pesada aplicação de água por vez. A deficiência hídrica é indesejável, mesmo por ocasião da colheita, pois torna as raízes lenhosas e diminui a produtividade.

O método mais freqüentemente utilizado é a aspersão, sendo o mais recomendável quando se faz semeadura direta. Observe-se que o ciclo cultural desenvolve-se no outono-inverno, razão pela qual as irrigações devem ser aplicadas com precisão.

Colheita e comercialização

Na semeadura direta, em canteiros definitivos, a colheita se inicia aos 60-70 dias. Já o transplante prolonga, perceptivelmente, o ciclo cultural, alongando-o por mais 20-30 dias, se bem que eleva a produtividade e a qualidade do produto.

No centro-sul a cotação mais alta é para beterrabas com 8-10 cm de diâmetro transversal e 6-7 cm, longitudinalmente, pesando cerca de 300 g (isso em mercados exigentes). O tipo preferido apresenta coloração púrpura uniforme e intensa, externa e internamente, e formato globular ou globular-achatado.

O ponto de colheita é quando as raízes apresentam tamanho adequado, não estando ainda completamente desenvolvidas; como nem todas atingem tal condição ao mesmo tempo, a colheita prolonga-se por alguns dias. Se o preço não for favorável, a beterraba pode permanecer até um máximo de 15 dias, no solo, após atingir o ponto de colheita; após isso, torna-se fibrosa, de tamanho indesejável e com aspecto grosseiro.

Podem ser comercializadas em maços que geralmente são constituídos de uma dúzia de plantas amarradas pelas folhas, o que é interessante já que as folhas também são comestíveis. Para isso as folha devem ser atrativas, verde-escuros, sem manchas de doenças, estando bem viscosas.

Também pode-se utilizar caixas que suportam aproximadamente 24 kg de beterrabas do tamanho desejável. Para isso, após a colheita, as raízes são lavadas e secas à sombra, sendo a parte aérea cortada, rente, aparando-se, também, a raiz pivotante. Embaladas em caixas é possível o transporte até mercados mais distantes.

Como se trata de uma cultura de outono-inverno as cotações mais elevadas ocorrem em fevereiro-junho, especialmente de março a abril. Normalmente, de agosto em diante os preços baixam. Regiões mais altas podem produzir e comercializar também durante o verão.

As plantas inteiras ou apenas as raízes tuberosas, conservam-se bem quando estocadas a 0ºC e UR de 95%. Em tais condições conservam-se durante 10-15 dias. Já temperaturas mais altas diminuem o período de conservação e afetam a qualidade do produto.

Doenças e Pragas

Tombamento de sementeira

O Tombamento de sementeira, enfermidade encontrada na cultura da beterraba, tem sido importante em razão da tradição de semeio direto do glomérulo.

Caracteriza-se pela decomposição dos tecidos das plântulas, principalmente na região do coleto, estendendo-se nos dois sentidos, tanto em direção à parte aérea, como em direção à ponta da raiz. Fungos dos gêneros Pythium e Rhizoctonia são os mais freqüentemente associados à ocorrência, bem como Phoma betae Frank, veiculado via semente. No Brasil, muitos agricultores tem abandonado o semeio direto e preferindo o transplante de mudas produzidas em viveiros.

Este método propicia a utilização de substratos de germinação livres de patógenos e um melhor aproveitamento do material propagativo com seleção das melhores mudas. O controle químico também é eficiente, tratando-se as sementes com fungicidas apropriados.

Mancha de Cercospora – Cercospora beticola Sacc.

Esta é provavelmente a enfermidade fúngica mais séria da cultura da beterraba. O fungo ataca as plantas adultas, decorrendo daí o surgimento de manchas necróticas, inicialmente pequenas, rodeada de uma pigmentação arroxeada na face superior da folha. Em seu reverso, as manchas apresentam uma coloração acinzentadas relacionadas com estrutura reproduzida pelo fungo Cercospora beticola Sacc.

Quando em grande número, as lesões coalescem ocasionando o crestamento da folha. O fungo sobrevive em semente e restos de folhas afetadas deixadas no campo. O controle químico pode ser feito com pulverizações com benomil, alternando com fungicidas cúpricos. Utiliza-se também cultivares menos susceptíveis como Agrow Wonder, Tall Top Early Wonder.

Mancha de Phoma- Phoma betae Frank

O agente causal desta enfermidade é freqüentemente relatado como um patógeno fraco que ataca as folhas velhas da cultura, causando manchas de 10 a 12 mm de diâmetro, nas quais podem ser observadas pontuações negras correspondentes às estruturas reprodutivas do fungo Phoma betae Frank. O fungo pode ainda infectar a raiz.

Podridão de raízes – Rhizoctonia solani Kuhn

Encontram-se referências de Rhizoctonia solani Kuhn infectando raízes tuberosas de beterraba, em associação com a bactéria Streptomyces scabies, que causa lesões com odor fétido, depreciando o produto para o mercado.

Mancha Bacteriana da Folha da Beterraba

A mancha bacteriana da folha da beterraba hortícola é causada por Xanthomonas campestris pv. betae .

Os sintomas da doença aparecem, como pequenas lesões de aspecto encharcado nos limbos das folhas que, ao se desenvolverem, adquirem contorno arredondado e anéis concêntricos. Posteriormente, as lesões tornam-se translúcidas e coalescem com as vizinhas, comprometendo extensas áreas do tecido foliar.

Esporadicamente, as nervuras secundárias são atingidas e se tornam enegrecidas. A doença tem sido verificada de forma endêmica em áreas olerícolas.

A bactéria penetra através de aberturas naturais, como estômatos e hidatódios, ou através de ferimentos , condições de alta umidade favorecem a ocorrência da doença .

Nenhuma estratégia especial tem sido desenvolvido para o controle da mancha bacteriana em campo.

Murcha bacteriana

A murcha bacteriana causada por Pseudomonas solanacearum apresenta os seguintes sintomas: murcha acentuada dos folíolos mais velhos , seguido da murcha dos ponteiros; amarelecimento, nanismo e produção de raízes adventícias são outros sintomas comuns.

Pseudomonas solanacearum é uma bactéria tipicamente do solo sua disseminação a média e longa distância é feita por meio de material de propagação contaminados.

A bactéria penetra através de ferimentos causados nas raízes por nematóides, insetos ou mesmo por tratos culturais realizados pelo homem. As temperaturas elevadas e a alta umidade favorecem a ocorrência da doença.

Entre as medidas de controle, recomenda-se plantar mudas livres da bactéria; evitar o plantio em solos infestados pelo patógeno; erradicar os nematóides-das-galhas, os quais aumentam a incidência da murcha bacteriana; fazer rotação de cultura com gramíneas, como milho, arroz e pastagens, realizando-se posteriormente a incorporação dos restos de cultura, fazer o plantio nos meses de temperatura amenas; tomar maiores cuidados nas operações culturais para se evitarem ferimentos nas plantas.

Podridão Mole e Necrose Vascular

A podridão mole é causada por Erwinia carotovora. Os primeiros sintomas surgem nas folhas e hastes mais espessas e tenras e nos órgãos de reservas como pequenas lesões encharcadas que aumentam de tamanho e causam maceração do tecido afetado, ocorre amarelecimento nas folhas e coloração verde-escuras das hastes e pecíolos. Internamente ocorre o escurecimento do sistema vascular.

Disseminação ocorre por meio de gotículas de água contendo o patógeno durante as chuvas ou irrigação ela se desenvolve bem em alta umidade e temperatura por volta dos 28ºC.

Medida de controle: recomenda-se utilizar variedades resistentes quando disponíveis e fazer tratos culturais evitando ferimentos nas plantas.

Nematóides

Nematóides do gênero Meloydogine são os mais daninhos à cultura da beterraba olericola. Os sintomas mais comuns são as galhas radiculares refletindo na parte aérea da planta o enfezamento e clorose. Controle rotação de cultura, eliminação de plantas daninhas hospedeiras.

Pragas

As quenopodiaceas são atacadas por insetos mastigadores e sugadores, controláveis por pulverizações com inseticidas de ação de contato em injetam, ou sistêmicos , respectivamente.

Beterraba



Também apropriada para cultivo em pequenas áreas, de preferência em regiões de clima frio, a hortaliça traz vários benefícios à saúde 

Com sabor levemente adocicado e textura suave, a beterraba (Beta vulgaris L.) é apreciada cozida ou crua em saladas, mas também pode ser usada como ingrediente em purês, musses, sopas, tortas, vitaminas e sucos. Além de saborosa, a hortaliça conta com vários benefícios à saúde: é diurética, combate a anemia, descongestiona as vias urinárias e tem efeito antiinflamatório.

Embora a raiz de cor vermelha-escura seja o principal produto comercializado, - é de grande valor na produção de açúcar -, as folhas correspondem à parte mais nutritiva dessa planta herbácea. É nelas que se encontram as maiores quantidades de cálcio, ferro, sódio, potássio e vitaminas A, B e C. Grandes e volumosas, as folhas podem ser consumidas refogadas ou em omeletes e bolinhos.

As raízes tuberosas, de maior valor comercial, constitui-se numa das principais fontes de açúcar no norte da Europa



Originária de regiões de clima temperado da Europa e do norte da África, a beterraba tem seu plantio mais garantido em locais de clima frio. As temperaturas mais adequadas para o desenvolvimento da planta estão dentro da faixa de dez a 20 graus. Por isso, as melhores regiões brasileiras para o cultivo abrangem os estados do Sul e do Sudeste. No estado de São Paulo, destacam-se as cidades de Sorocaba, Mogi das Cruzes e a própria capital. Nos meses quentes, a semeadura da beterraba é mais vulnerável a doenças e pragas. O calor pode interferir na formação das raízes, provocando anéis claros que depreciam o produto na hora das vendas. Sob temperaturas elevadas, também aumenta o risco do ataque de doenças, como mancha da folha, podridão da raiz e ferrugem. Entre as pragas que mais acometem a hortaliça estão a lagarta-rosca e a vaquinha.

Plantio



Plantio: ano todo em áreas acima de 800 metros de altitude e de clima frio
Solo: leve, com boa drenagem
Temperatura ideal: na faixa de 10 a 20 graus
Colheita: de 70 a 100 dias após o início do plantio
Área mínima: pequenos canteiros e caixotes

MÃOS À OBRA

As folhas, geralmente desprezadas, são ricas em minerais e vitaminas A, B e C

Época - A beterraba pode ser semeada o ano todo em áreas com altitude acima de 800 metros. De 400 a 800 metros, o cultivo é indicado entre os meses de fevereiro e junho. Abaixo de 400 metros, o melhor período para a plantação é de abril a junho. A semeadura pode se tornar mais difícil nos meses quentes e chuvosos. Um dos motivos é a falta de cultivar resistente à principal doença foliar, a mancha da folha.

Adubação - Antes de adubar, faça análise do solo, seguida da calagem, se necessário. Com 30 dias de antecedência do início da semeadura ou transplante, aplique 20 toneladas por hectare de esterco de curral bem curtido. Aumente a quantidade para 30 toneladas em caso de o cultivo ocorrer em solos arenosos. Se a escolha for pelo uso de esterco de galinha, o material também deve ser bem curtido. Em solos pobres, juntamente com o adubo químico (NPK), é bom adicionar de dois a quatro quilos por hectare de boro e três quilos por hectare de zinco. Aos 15 dias e 30 dias após a emergência das plântulas (ou transplante das mudas), pulverize cinco gramas de molibdato de sódio ou molibdato de amônio, misturados em dez litros de água.

Local - Para a semeadura, mantenha espaçamento entre as linhas de 20 a 30 centímetros; no transplante ou após o raleio, a recomendação é manter de dez a 15 centímetros entre plantas. Para facilitar o cultivo inicial, o indicado é adquirir sementes descortiçadas. Elas já passaram por um processo mecânico de quebra do glomérulo - sementes comerciais que possuem de três a quatro sementes botânicas em seu interior. Há várias opções disponíveis no mercado.

Semeadura - De um a dois centímetros é a profundidade ideal para semear beterraba. A semeadura pode ser realizada em bandejas específicas, que são vendidas no varejo, ou diretamente no local definitivo. Após 20 dias, o transplante para o campo já pode ser feito. Outra opção é utilizar canteiros (sem alvenaria) com um a 1,2 metro de largura e de 20 a 30 centímetros de altura; entre um canteiro e outro, deve-se deixar um espaço de 40 a 50 centímetros. Neste caso, as mudas estarão prontas para o transplante depois de 20 a 30 dias após a semeadura. Para fortalecer a planta, faça o raleamento quando ela atingir cinco centímetros de altura.

Colheita - O tempo para iniciar a colheita varia de acordo com a opção do plantio. No sistema de semeadura direta, a beterraba pode ser colhida de 60 a 70 dias após o cultivo. Para mudas transplantadas, leva de 90 a 100 dias para começar a apanhar a hortaliça. Quando atingirem de seis a oito centímetros de diâmetro, as raízes estão no ponto de colheita.

Custos - As sementes de beterraba podem ser compradas em lojas especializadas em produtos agropecuários. Um envelope com dez gramas sai, em média, a dois reais; o de 25 gramas sobe para três reais. O quilo da semente custa de 40 a 55 reais, mas em geral são vendidas em latas de 500 gramas. As sementes híbridas são mais caras, e alcançam preço cinco vezes maior do que o das convencionais.


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